terça-feira, 13 de abril de 2010

Santissima Trindade o mistério da nossa Fé

Ao nos debruçarmos nesse tema “Trindade” logo nos damos conta que esse é o maior Mistério da nossa Fé e antes de tudo é preciso explicar que a palavra mistério não quer dizer algo que seja impossível de existir ou de acontecer; mistério é apenas algo que a nossa inteligência não compreende. Ora, Deus é um Mistério para todos nós, porque a Sua grandeza infinita não cabe na nossa inteligência limitada de criatura. Se entendesse Deus, este não seria o verdadeiro Deus. O Criador não pode ser plenamente entendido pela criatura; isto é lógico, é normal e é correto. Depois de tentar de muitos modos desvendar o Mistério da Santíssima Trindade, Santo Agostinho abdicou: “Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!”. A criatura adora o seu Criador, mesmo sem o compreender perfeitamente. O Mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Jesus sobretudo quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo. O Mistério da Santíssima Trindade consiste em que, em Deus há uma única essência e Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, cada uma das quais é Deus, sem ser três deuses, mas um único e só Deus “Trindade consubstancial”. As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (DS 530).“Cada uma das Três Pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (DS 804). “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (DS 804). A Unidade divina é Trina. “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (DS 1331). A Santíssima Trindade é inseparável naquilo que são, e da mesma forma o são naquilo que fazem. Portanto, o Pai é pura Paternidade, o Filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente. Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas (cf. Jo 17,21), num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano. É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério (cf. I Cor 13,12).

Marcelo Parizotto 13/04/2010

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