terça-feira, 13 de abril de 2010

Fides et Ratio (Fé e Razão)

Precisamos nos dias atuais mais do que nunca buscar uma fé madura e ativa para tanto se faz necessário como o Papa João Paulo II nos ensinara é preciso equilibrar a Fé e a Razão. Segue uma pequena reflexão relacionada a esse aspecto.

FIDES ET RATIO


A FÉ e a RAZÃO constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para contemplação da verdade.

Ao longo do curso da história , veremos os homens nas mais diversas culturas , buscando a essência da verdade e o sentido de sua existência , com as questões fundamentais que caracterizam o percurso da existência humana : Quem sou ? De onde venho e para onde vou ? Tais questionamentos somente terão sentido e respostas plausíveis , a partir , do momento em que o homem “conhecer a si mesmo” e este percurso o levará a essência primeira de todas as coisas que é o próprio Deus o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis .

A Igreja como depositária da verdade de Deus , terá como missão nos levar de maneira coerente a conhecer está verdade e conseqüentemente será o nosso papel testemunhar esta verdade, adotando a “diaconia da verdade” , ou seja , termos responsabilidade por essa verdade como também estar disposto à difundi-la para aqueles que ainda não à conhecem e aqueles que nos dias atuais estão sendo levados pelos pruridos das novidades do mundo (II Tim 4,3).

A Igreja para melhor explicitar a verdade transmitida primeiramente pela boca dos profetas e depois pelo próprio Cristo (Hb 1,2) , usará constantemente o uso da razão , não para minimizar ou inferiorizar o uso da fé ou para deixá-la de lado , mas para dar um sentido mais concreto , diante , dos objetos de investigação.

Vimos nos séculos XVII ao XIX a tentativa de alguns filósofos modernos de descaracterizar o uso da fé pelo homem , onde os chamados filósofos racionalistas, afirmavam que a razão bastava para o crescimento humano . Estes filósofos conseguiram grandes avanços em variados campos da sociedade, mas nunca conseguiram atingir o conhecimento real do ser , porque este conhecimento somente se dá ao olharmos para o alto e reconhecermos que sem Deus nada podemos fazer. Outra conclusão que podemos hoje ter seguramente é que a razão não anula a fé , assim como, a fé não anula a razão , mas ambas caminham juntas , como foi colocado anteriormente no inicio do texto.

A plenitude desta verdade que estamos refletindo se dará no momento em que aquele que é a verdade (Jo 14,6) se encarna em nosso meio (Jo 1,14) , onde ele mesmo Jesus nos revela a verdade que vem do Pai (Jo 5,30) , tendo assim , a consumação desta verdade, com sua morte e salvação e o envio do Espírito Santo que nos levará ao total conhecimento da Trindade Santa (Jo 16,13).

Por fim caberá a Igreja sustentáculo da verdade (I Tim 3,15) guardar este depósito precioso e anunciar de maneira clara , eficaz e objetiva a Boa Nova de Cristo , usando sempre de maneira sábia a razão e a fé , onde a razão buscará a investigação e a fé o assentimento a adesão perante as conclusões obtidas pela razão , por isso , afirmamos que não há motivo para existir concorrência entre a razão e a fé : uma implica a outra , e cada qual tem o seu espaço próprio de realização.

“A glória de Deus é encobrir as coisas , e a glória dos reis é investigá-las”. (Pr 25,2)

Marcelo Parizotto 13/04/2010.

Um comentário:

  1. Muito bom este estudo e isso é importante salientar, pois nós cristãos somos conhecidos pela sociedade como os "tapados" ou "ignorantes" e isto não é verdade, precisamos cada vez mais conhecer para melhor acreditarmos e amarmos, pois amamos aquilo que conhecemos e quanto mais conhecemos, mais amaremos.

    Dica de livro: Ciência e Fé em harmonia - Prof Felipe Aquino.

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